Se eu tivesse que me definir hoje seria o de uma derrotada,
que não obteve êxito nos empreendimentos emocionais de sua vida. Tristeza profunda, vontade de não ter que abrir o
olhos. Errei ontem, erro hoje e não há nada que eu tenha feito que fosse ao menos
considerada uma boa ação. É pertinente
dizer que o maior amor que existe é o amor próprio, eu arrisco a dizer que o que existe é sim
egoísmo próprio, onde cada um calcula certo o jeito de levar a vida,
independente de trazer cinzas e dilúvio à vida do outro. Olho eu, olha você
apenas para o próprio umbigo e que
foda-se os planos que fizeram para comigo se estes não correspondem aos que eu mesma fiz. O que eu percebo é que precisamos achar o
culpado para a porcaria de nossas vidas, precisamos de um vilão que não nossa
própria incapacidade de transformar água em vinho.
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